Matéria do dia 28/05 divulgando os eventos em comemoração aos 300 anos de Minas Gerais
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Matéria do dia 28/05 divulgando os eventos em comemoração aos 300 anos de Minas Gerais
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A Revista Historiae (Qualis B3), vinculada à Universidade Federal do Rio Grande (FURG), abriu a chamada para o Dossiê nº 1 do volume 16 (2025), intitulado "História das mulheres, das relações de gênero e das violências: interseccionalidades e interdisciplinaridades". A proposta do dossiê é reunir pesquisas que ampliem os debates sobre as experiências femininas, as dinâmicas de gênero e as múltiplas formas de violência, a partir de perspectivas críticas, interseccionais e interdisciplinares.
Sob a organização da Dra. Talita Gonçalves Medeiros (UNIMONTES), Dra. Bruna Alves Lopes (UEPG) e Dr. Marcio Caetano (UFPel), a iniciativa reflete sobre as transformações ocorridas na historiografia a partir da segunda metade do século XX. Impulsionada pelos movimentos feministas, a emergência da história das mulheres na década de 1970 e, posteriormente, o fortalecimento dos estudos de gênero a partir dos anos 1990, contribuíram para uma revisão profunda da disciplina histórica. No século XXI, esse movimento se intensificou com a incorporação de novas categorias analíticas como cisheteronormatividade, decolonialidade e memórias plurais, expressando a necessidade de uma escrita histórica mais inclusiva e crítica.
O dossiê acolherá artigos que discutam, entre outros temas, as lutas políticas e os movimentos sociais em defesa da igualdade e da diversidade, as formas de hierarquização dos corpos e suas interseccionalidades (gênero, raça, classe, sexualidade, deficiência, geração, entre outras), as construções históricas de masculinidades e feminilidades, as violências que atingem corpos e subjetividades ao longo do tempo, bem como as práticas de cuidado, as práticas reprodutivas e os diferentes arranjos familiares.
A chamada é destinada a pesquisadores e pesquisadoras que estejam desenvolvendo ou tenham concluído estudos relacionados às temáticas propostas, e que queiram contribuir com análises aprofundadas e comprometidas com uma história mais democrática e plural.
O prazo final para envio dos artigos é 30 de junho de 2025.
Mais informações sobre as normas para submissão e diretrizes para autores estão disponíveis no site da Revista Historiae (FURG). Acesse em: https://periodicos.furg.br/hist/announcement/view/495
A Revista Discente Ofícios de Clio, vinculada ao Laboratório de Ensino de História (LEH), ao Departamento de História e ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), convida doutorandos(as) e doutorados(as) da comunidade acadêmica a submeterem propostas de dossiês temáticos para as edições do primeiro e segundo semestre de 2025, correspondentes aos números 18 e 19 da revista.
A Ofícios de Clio, que recentemente recebeu classificação B3 no QUALIS/CAPES, aceitará exclusivamente propostas de dossiês temáticos produzidos por doutorandos(as) de programas de pós-graduação em História ou outras Ciências Humanas, de Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu reconhecidos pela CAPES. Além disso, é desejável que os(as) proponentes façam parte de grupos de pesquisa certificados pelo CNPq e possuam produção ativa na área temática do dossiê.
Será selecionada uma proposta de dossiê temático para o semestre 2025/1 e outra para o semestre 2025/2. As propostas devem ser enviadas até o dia 31/03/2025 para o e-mail oficiosdeclio@gmail.com, com o título "Proposta para Dossiê Temático 2025" e devem seguir as especificações disponíveis no site da revista: https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/CLIO.
Para mais informações, acesse o site da revista.
O Laboratório de Pesquisa em Ensino e História (LPH/ICHS) e o Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Mariana (AHCMM) convidam os professores e alunos do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFOP para participar de visitas técnicas mediadas, com foco no acervo e no espaço histórico da Câmara Municipal de Mariana.
O LPH/ICHS é responsável pela guarda e preservação de importantes documentos da Câmara Municipal de Mariana, que datam de 1711 até a segunda metade do século XX. Além desse acervo oficial, o LPH também preserva fundos privados, como o de Joaquim Afonso Rodrigues de Moraes, a Sociedade Musical São Caetano e da Família Ferreira e Ramos.
O objetivo das visitas é proporcionar aos estudantes uma vivência imersiva no patrimônio histórico de Mariana, permitindo-lhes o acesso não apenas aos documentos e aos processos de preservação, mas também ao espaço do arquivo, que é aberto a todos que desejam realizar pesquisas. A iniciativa visa contribuir para a formação acadêmica dos alunos e o contato direto com fontes primárias, fundamentais para o desenvolvimento de estudos históricos.
As visitas podem ser agendadas através do formulário online, disponível no link: https://forms.gle/eXkXcxmJ2nLK7AJ36. É importante destacar que as visitas estão sujeitas à disponibilidade da equipe e do espaço, e o LPH não oferece transporte para os estudantes.
Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail: ahcmm.dehis@ufop.edu.br.
A participação nesta iniciativa representa uma excelente oportunidade de ampliação do conhecimento histórico e do aprofundamento da prática acadêmica, além de fortalecer o vínculo dos alunos com o patrimônio da cidade de Mariana.
Flávio A. de F. Teixeira.
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História pela UFOP. Colaborador externo do Projeto de Extensão Per Via et Locos.
A barragem de Fundão era de propriedade da Samarco Mineração S/A, empresa controlada pela Vale S/A e BHP Billinton, e estava localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). Seu funcionamento ocorreu de dezembro de 2008 à 5 de novembro de 2015, ocasião em que mais de 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro e sílica forçaram o seu rompimento, gerando uma onda de lama responsável pela morte de 19 pessoas e o desalojamento de várias famílias que moravam em regiões próximas aos rios Gualaxo do Norte e do Carmo, na bacia do rio Doce.
Os números deste desastre ambiental o colocam como sendo o maior do Brasil: 41 cidadesafetadas em Minas Gerais e no Espírito Santo; 240,88 hectares de Mata Atlântica degradados;três reservas indígenasatingidas (Krenak, Tupiniquim e Guarani) e cerca de 14 toneladas de peixes mortos recolhidos.
Em março de 2016, foi criada a Fundação Renova que tinha dentre suas responsabilidades, a execução de 42 programas de reparação socioeconômica e ambiental e a reconstrução das comunidades destruídas. Tal instituição deveria funcionar de modo independente das empresas que a criaram (Samarco S/A e seus acionistas), tendo em vista à reparação integral e rápida de todos os danos provocados pelo desastre. Contudo, em novembro de 2020, a Fundação recebeu uma recomendação conjunta do Ministério Público Federal, das Defensorias Públicas da União, do Estado do Espírito Santoe de Minas Gerais, e do Ministério Público de Minas Gerais para que fossem retificadas ou retiradas do ar todas as matérias e propagandas cujo objetivo era o de gerar desinformaçãosobre ações que teriam vislumbradovários temas, entre eles patrimônio histórico, cultural e afetivo.
Barra Longa e a reparação que ainda não existe.
Barra Longa é um pequeno munícipio rural da Zona da Mata mineira, com pouco mais de cinco mil habitantes, localizado na confluência dos rios Gualaxo e do Carmo. Os primórdios de sua história remontam a fundação do arraial da Capela de S. José da Barra do Gualaxo, ainda na primeira metade do século XVIII, por ações do sertanista Matias Barbosa da Silva. Barra Longa foi um dos munícipios mineiros mais atingidos pelos rejeitos da barragem da Samarco S/A, uma vez que o rio do Carmo cruza todo o Munícipio. Após a passagem da onda devastadora, uma espessa camada de rejeitos tomou as ruas da cidade e de seus povoados rurais, causando à população diversos e graves problemas, incluindo os de natureza cultural, os quais perduram até os dias de hoje sem uma solução mais efetiva.
Algumas das construções que resistiram a onda devastadora de rejeitos tiveram ainda que lidar com o trânsito constante de caminhões pesados nas estreitas ruas da cidade, os quais atuavam na limpeza das vias. Dentre estas construções, está a Igreja Matriz de S. José, edificação do século XVIII a qual apresenta inúmeras rachaduras em suas paredes devido ao abalo causado na superfície do solo. Atualmente, parte da via pública que contorna aquele templo foi tomado por tapumes galvanizados, havendo uma passagem “provisória” para os pedestres. Desde o ano de 2018, a Igreja Matriz permanece fechada por tempo indeterminado, e segundo informação prestada pelo atual pároco, Pe. Dário Chaves Pereira, não há previsão para que as celebrações voltem a ocorrer naquele templo.
Desde 2018, a Arquidiocese de Mariana move quatro processos judiciais que totalizam R$ 40 milhões em pedidos de indenização para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem, incluindo aí a Igreja Matriz de S. José e a Capela de N. Sra. da Conceição no quilombo da Gesteira, ambos os templos de Barra Longa. Porém, no dia 24 de dezembro de 2024, a Samarco S/A entrou com uma petição na Justiça solicitando a exclusão da ação, alegando que o Acordo de Repactuação, homologado em outubro de 2024, cobriria todos os danos. Contestando, a Arquidiocese afirmou que não participou do Acordo e que seus bens, por serem patrimônio privado de relevância religiosa e cultural, não haviam sido contemplados.
Prestes a completar dez anos, o caso da barragem da Samarco S/A precisa ser relembrado pela população em geral para além da questão da busca por reparação financeira e material, mas de como a lentidão judicial afeta ainda hoje a relação de comunidade e territorialização dos moradores dos munícipios atingidos, como o caso aqui destacado de Barra Longa. Não só a barragem foi rompida, mas a relação de vínculo entre estes moradores e seu passado, pondo em risco o legado histórico de cidades, “museus a céu aberto”, marcando mais uma página do descaso com o patrimônio cultural brasileiro. Enquanto no Brasilas mineradoras envolvidas no desastre foram absolvidas pela Justiça, há ainda a esperança de uma ação movida em Londres, estando programado para março as alegações finais quanto ao caso, podendo os valores de indenização (estimados em cerca de R$230 bilhões) serem definidos num novo julgamento.
Na próxima quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025, às 14h, será realizada a defesa de tese do pesquisador Gabriel Luz de Oliveira. O trabalho, intitulado “É da humanidade, mas não da comunidade: patrimonialização, experiências urbanas e dinâmicas socioespaciais em Ouro Preto, Minas Gerais (1938-1988)”, investiga as dinâmicas urbanas e as experiências socioespaciais resultantes do processo de patrimonialização da cidade.
O pesquisador analisa como a patrimonialização, ao mesmo tempo em que buscou preservar o espaço urbano, produziu escassez de solo e intensificou desigualdades socioespaciais. Essa análise integra as dimensões materiais e subjetivas da cidade, observando as tensões entre preservação e crescimento urbano e analisando como essas disputas moldaram Ouro Preto enquanto espaço construído, disputado e ressignificado historicamente.
Orientado pelo Prof. Dr. Marco Antonio Silveira, o trabalho propõe uma reflexão crítica sobre os desafios enfrentados pelas comunidades locais diante das políticas patrimoniais.
A defesa será realizada de forma online e está aberta ao público interessado. Para acompanhar, basta acessar o link da videochamada no Google Meet: https://meet.google.com/jxq-rewg-uyd.
Não perca essa oportunidade de conhecer uma pesquisa relevante para os estudos sobre Ouro Preto e o patrimônio cultural!
A Universidade Federal Fluminense (UFF), localizada em Niterói (RJ), sediará o workshop internacional "Coping with Variety: Resource-use and Specialization in Rural Change", promovido pela rede de pesquisa internacional (IRN) . O evento acontecerá nos dias 21 e 22 de novembro de 2024 e reunirá especialistas e pesquisadores para discutir as dinâmicas de uso de recursos e especialização no contexto das mudanças rurais, com foco na História Agrária. O workshop será realizado no campus Gragoatá da UFF, no Bloco O, Auditório do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), localizado no 5º andar do prédio. No primeiro dia, 21 de novembro, a abertura será feita pela professora Verónica Secreto, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História da UFF, seguida pela apresentação do projeto coVar por Laurent Herment e Angelo Carrara. Em seguida, haverá uma sessão de apresentações por videoconferência, das 9h30 às 12h30. No segundo dia, 22 de novembro, das 9h30 às 12h30, ocorrerão as apresentações presenciais dos pesquisadores convidados. O evento oferece uma excelente oportunidade para troca de conhecimentos e aprofundamento nas discussões sobre as transformações rurais, com foco no uso de recursos e especialização em contextos históricos diversos. Para mais informações sobre o evento, os interessados podem entrar em contato com o professor Angelo Carrara pelo e-mail angelo.carrara@ufop.edu.br
Veja mais detalhes em: cartaz workshop.pdf
O VI Simpósio do LAPHIS: Brasilidades e Identidades, vinculado à PUC Minas, será realizado entre os dias 23 e 25 de outubro de 2024 e acontecerá de forma totalmente online, permitindo a participação de pesquisadores de todo o Brasil.
A Comissão Organizadora do evento convida pesquisadores, graduandos e pós-graduandos a submeterem propostas de Comunicação nos Simpósios Temáticos. As submissões estarão abertas até o dia 04 de outubro de 2024 e devem ser feitas por meio do edital. As comunicações devem seguir os critérios estabelecidos, como o envio de título e resumo do trabalho, contendo até 2500 caracteres, e serão apresentadas com duração de 15 minutos.
A programação do simpósio está organizada em diversos temas, como História das Mulheres, Estudos Africanos, Patrimônio e Cidades, entre outros, com a participação dos grupos de estudos vinculados ao LAPHIS, proporcionando um espaço de trocas acadêmicas enriquecedoras.
Para mais informações e detalhes sobre a inscrição, consulte o edital: Edital LAPHIS 2024
No dia 26 de setembro de 2024, será exibido o episódio "Aos Pés do Cauê: tratos de trabalho de africanos e afrodescendentes nas Minas do Ferro, século XIX”. O programa terá a participação especial da historiadora Maura Silveira Gonçalves de Britto, especialista no estudo das relações de trabalho de afrodescendentes em Itabira durante o século XIX. A produção é realizada pela TV CONECT@ EDUCAÇÃO sob a coordenação de Eliane Aquino Ribeiro e Sônia Maria Adão.
O diálogo com Maura Britto é crucial para entender o impacto do trabalho com o ferro e o ofício de ferreiro nas Minas Gerais oitocentistas, particularmente em Itabira. As relações de trabalho estabelecidas na época moldaram profundamente as condições de vida da população, afetando tanto suas interações sociais quanto sua relação com o meio ambiente. Com mais de 70% de sua população composta por pretos e pardos, Itabira abriga dois quilombos certificados e enfrenta questões sobre o futuro de sua economia com a exaustão da produção mineral. Isso levanta preocupações sobre como a cidade se adaptará a essa nova realidade.
O programa busca oferecer aos professores da educação básica uma interlocução com pesquisas acadêmicas que fundamentem um ensino mais qualificado e contextualizado. Ao conectar as investigações históricas ao cotidiano escolar, espera-se formar sujeitos conscientes de suas realidades e preparados para dialogar com suas comunidades sobre questões territoriais e sociais.
Esse diálogo abrange diferentes disciplinas, como história, geografia, literatura e sociologia, favorecendo uma abordagem multidisciplinar para a compreensão das relações sociais e territoriais de Itabira. Educadores e educadoras são convidados a participar e aproveitar essa oportunidade para enriquecer seus conhecimentos e práticas pedagógicas.
Acesse em: TV CONECT@ EDUCAÇÃO
Entre os dias 17 e 22 de novembro de 2024, ocorrerá mais uma edição do Congresso vinculado ao Convênio de Cooperação entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidad de Sevilla (Espanha). Em vigor desde 2013, o convênio tem como foco as áreas de História Moderna, História da Escravidão e História das Mestiçagens.
O Congresso promete dias de discussões cruciais para a historiografia da escravidão e das mestiçagens. Além de debates acadêmicos, será um espaço para discutir ações práticas de valorização dos acervos arquivísticos, bibliográficos e museológicos. Com isso, o evento busca engajar pesquisadores, autoridades e a população em movimentos de restauração, manutenção e proteção desses patrimônios culturais.
O evento contará com conferências e mesas redondas organizadas em torno de temas específicos, relacionados ao desenvolvimento dos estudos promovidos pelo Convênio. Estarão presentes professores e pesquisadores renomados de diversas regiões do Brasil e do exterior. Além disso, para garantir a participação ampla, as mesas serão transmitidas online.
Para mais informações sobre a programação, a submissão de painéis e as inscrições, acompanhe o Instagram do Centro de Estudos sobre a Presença Africana no Mundo Moderno (CEPAMM): cepammufmg
Estão abertas as inscrições para o Colóquio Internacional "Migrações, Exílios e Diásporas: Experiências Multiétnicas, Multirraciais e Transnacionais no Longo Oitocentos". Organizado pelo Centro de Estudos do Oitocentos (CEO-UFF), Núcleo de Estudos das Migrações (NEMIC-UFF), Núcleo Impérios e Lugares do Brasil (ILB-UFOP) e Grupo População, Família, Gênero e Migração na Amazônia (RUMA-UFPA), o evento conta com a chancela da Cátedra UNESCO sobre Desigualdades Globais e Sociais: Abordagens Inovadoras. A programação será realizada de forma totalmente online, entre os dias 21 e 25 de outubro, e os participantes inscritos terão direito a certificado.
Os deslocamentos populacionais no longo século XIX constituem o eixo central da proposta do evento. Estão incluídos os exílios políticos, as migrações socioeconômicas e as experiências a bordo dos navios de indivíduos que cruzavam oceanos por diferentes motivos. Os fluxos migratórios com origem em Portugal e seu império, com destino ao Brasil, serão analisados dentro da perspectiva mais ampla da diversidade de trânsitos populacionais ocorridos nesse período.
Para mais informações, acesse:https://www.even3.com.br/coloquio-internacional-migracoes-exilios-e-diasporas-481087/